1. Por que a chama da vela sempre fica para cima mesmo que a vela não esteja em pé?
Existe um fenômeno da Física chamado convecção. Ele ocorre em líquidos e gases, e resumidamente trata-se do movimento para cima das porções mais quentes de um material. No caso da vela, os gases expelidos pelo pavio estão muito quentes e, por isso, eles sobem. O ar ambiente, mais frio, toma o lugar desse ar quente alimentando a chama constatemente com oxigênio. Quando viramos a vela de cabeça para baixo, a convecção continua acontecendo, gases quentes sobem e o ar frio toma seu espaço, em um movimento para cima, dando ao fogo seu formato característico.
2. Por que é mais difícil fechar a porta do carro com as janelas fechadas do que com uma aberta?
Quando fechamos fortemente uma porta com os vidros do carro fechados, ela empurra o ar para dentro, aumentando repentinamente a pressão interna. Ocorre que, sempre que se tem uma diferença de pressão, entre o lado interno e externo, surge uma força de resistência. Nesse caso, a força de dentro pra fora dificulta o fechamento da porta. O efeito é acentuado ainda pelo fato de que os carros possuem borracha de vedação em suas aberturas, como portas e janelas, para impedir a entrada de água e vento, e essa borrachas acabam também por não deixar que o ar escape pelas frestas. Porém, com a janela aberta, o ar rapidamente escapa e a pressão interna mantém-se em equilíbrio com a pressão de fora.
3. Por que a posição da Lua interfere nas marés?
Isso ocorre graças à lei da gravitação universal. Assim como a Terra atrai a Lua, mantenddo-a em sua órbita, a Lua atrai a Terra. Acontece que essa atração deforma a superfície da Terra, “puxando” a face da terra mais próxima à Lua, em direção ao satélite. Tanto a parte sólida (continentes) quanto a parte líquida (oceanos, mares, rios, lagos etc) sofrem essa deformação. Não é só a Lua que influencia as marés, mas o Sol também. As maiores marés acontecem na Lua Nova, quando Sol e Lua estão juntos no céu durante o dia, e na Lua Cheia quando se encontram em oposição.
4. Por que temos que fazer força para mantermos o equilíbrio quando o ônibus faz uma curva?
Todo corpo em movimento tende a seguir em linha reta por inércia, que é a tendência de manter o estado do movimento. Quando o ônibus fz a curva, a nossa tendência é seguir e temos que nos segurar fazendo força para acompanharmos o movimento curvo do ônibus. Essa força que sentimos em nosso braço, na realidade, é a resultante centrípetra, aplicada pelo ferro que seguramos e que nos garante fazer a curva junto com o ônibus.
5. Por que o pão fica duro de um dia para o outro se não for guardado em saco plástico?
A maciez do pão está relacinada à quantidade de água em seu interior. Se a água evapora, o pão fica duro. Como o plástico é um material impermeável, ele não permite a saída de água do interior do pão pela evaporação natural e, por isso, ele continua macio. Num ambiente livre, a água evapora e o pão fica duro.
6. Por que um saco de supermercado pesado arrebenta se for levantado rapidamente?
Isto acontece devido à inércia. A sacola cheia, em repouso, tem a tendência de permanecer parada até que uma força seja aplicada sobre ela, ou seja, para que se possa levantar a sacola é necessário “vencer” essa tendência. Se o puxão for muito forte, a quantidade de força aplicada acaba sendo superior à resistência da própria sacola, que rasga. Puxando devagar, é possível dosar a força para que seja suficiente para suspender a sacola, sem ultrapassar o limite do saco.
7. Por que a roupa no varal seca mais rápido com vento do que sem vento?
A roupa seca porque a água entre as fibras do tecido para do estado líquido para o estado gasoso. O que determina a rapidez com isso acontece é a pressão atmosférica sobre a superfície líquida e a umidade do ar. O vento, ou a melhor velocidade do ar sobre a superfície, acarreta uma menor pressão hidrodinâmica e quanto menor a pressão, mais rápida é a passagem de um líquido para vapor. Consequentemente, o vento gera aumento da evaporação.
8. Por que uma mesma garrafa térmica consegue conservar líquidos frios e quentes?
A estrutura interna de uma garrafa térmica é constituída por uma ampola de vidro com dupla parede espelhada entre as quais existe vácuo. Esse sistema reduz significativamente a troca de calor entre o líquido que está lá dentro e o meio externo, pois impede a troca de calor por irradiação – devido ao espelhamento -, por convecção – devido ao vácuo entre as paredes duplas – e por condução – já que o vidro é um mal condutor térmico. Assim, o líquido demora a esfriar se estiver quente e a esfriar se estiver frio.
9. Por que os carros de corrida usam pneus carecas enquanto os de rua são proibidos de rodar assim?
O pneu liso ou “slick” dos carros de corrida aumenta a área de contato com o solo, facilitando a interação entre o pneu e a pista, garantindo maior aderência e, consequentemente, maior velocidade. Mas quando há chuva durante a corrida, eles são trocados pelos pneus com ranhuras, denominados “biscoitos”, para evitar a ocorrência da “aquaplanagem”, que é a perda de contato com a pista, devido à água que se acumula entre o pneu e o solo, funcionando como lubrificante. Quanto aos carros de rua, como ninguém vai parar o carro na chuva para substituir um pneu careca por outro com ranhuras, eles são proibidos.
10. A famosa natação do Tio Patinhas em sua piscina de moedas de ouro é possível na vida real?
Não. A possibilidade de natação depende de dois fatores: densidae e fluidez. A densidae das moedas, que são feitas de ouro, é muito maior que a densidade do corpo humano. Por isso, o corpo sempre ficaria por cima das moedas e seria impraticável um mergulho moedas adentro. Como as moedas também são grandes, sua fluidez fica comprometida e certamente as braçadas não empurrando o corpo para frente como acontece quando se nada em uma piscina.
Fonte: Passei Web
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