Qual o seu nome e idade?
Meu nome é Diego Dias Djamdjian. Tenho 37 anos.
Conte um pouquinho sobre a sua carreira.
Eu sempre fui apaixonado por esporte em duas rodas. Desde criança estive inserido neste universo, seja assistindo vídeos, folheando revistas ou comparecendo aos eventos dedicados ao motociclismo.
Certo dia, fui assistir a um campeonato da modalidade Freestyle Motocross e fiquei alucinado com que eu vi. Eu já conhecia o esporte, era muito fã mas nunca havia estado tão perto. No final do campeonato tive a oportunidade de falar com alguns pilotos. Naquela ocasião, ainda me recordo, Cyro de Oliveira (Piloto de Freestyle Motocross) me deu toda a atenção e algumas dicas de como iniciar na categoria Freestyle. Isso foi em 2007. Desde então nunca mais parei. A partir daí dediquei a minha vida ao esporte. Mudei de cidade para poder treinar e fui morar na casa do Cyro onde é minha atual residência.
-“Os planos de Deus são incríveis mesmo”. Me dediquei totalmente durante os treinos, até que um dia fui convidado a fazer uma turnê pela equipe do “Jorge Negretti Motocross Show” no sul do país. Quando me dei conta já estava trabalhando na equipe e realizando shows Brasil a fora.
Quais os principais desafios que você precisou enfrentar na sua carreira?
Os desafios são muitos. A modalidade de Freestyle Motocross te coloca a prova diariamente. Você tem o compromisso de manter, ou até mesmo de superar a qualidade das manobras que você conseguiu desempenhar durante anos. É um trabalho duro e muitas vezes doloroso, as vezes para se alcançar a perfeição de uma manobra você precisa dedicar horas de treino, queimar muita gasolina, sem contar com algumas fraturas e lesões que podem ocorrer no meio do caminho. O custo para incluir uma nova manobra do seu repertório pode custar caro. É preciso além de tudo muita persistência e equilíbrio emocional também. Ter a cabeça no lugar é essencial, principalmente após algum acidente para que o seu psicológico não seja abalado. Por isso é importante respeitar o tempo para você trilhar o seu caminho, passo a passo.
No fim das contas todo mundo paga algum preço. Família, mulher, filhos. –“Este é um esporte que exige muita dedicação e tempo”. O Freestyle Motocross toma todo o seu tempo e todos a sua volta também acabam pagando por isso. Você acaba abrindo mão de alguns momentos importantes em detrimento a sua carreira.
Quais as principais diferenças e desafios em cada modalidade que você compete (Freestyle e Flat Track)?
As principais diferenças entre uma modalidade e outra é que na competição de Freestyle Motocross você entra sozinho na pista e tem duas baterias de um minuto e meio para mostrar o seu repertório de manobras e é julgado por quatro juízes cada um avalia um requisito diferente: 1ºextensão da manobra, 2º energia, 3º uso de pista e 4º variação das manobras. A sua melhor volta é a que vale para sua pontuação final.
O Flat Track é uma corrida onde você não é julgado por ninguém, apesar de ter as suas regras próprias. Na corrida existem as baterias onde largam quatro motos alinhadas no gate. Dada a largada contam-se doze voltas onde somente os dois melhores pilotos passam para a próxima chave. Assim as baterias vão afunilando, até sobrarem apenas os quatro melhores que disputam o 1º, 2º, 3º e 4º lugar.
Como a GEDORE entrou na sua vida?
A GEDORE sempre esteve presente na minha vida, desde criança. Sempre fui muito fã de ferramenta como todo brasileiro!
Acredito que herdei essa paixão do meu avô. – “Eu sempre fuçava nas ferramentas do velho, rsrsrs”. Eu lembro que nos finais de semana em que íamos almoçar na casa dos meus avós, ao chegar na casa deles já ouvia a gritaria – “O Dieguinho chegou! Esconde as ferramentas! Trança o quartinho! RSrsrsrs”.
A minha relação com a GEDORE é pura sintonia. Sempre foi um sonho ter uma parceria com uma empresa de ferramentas. –“Hoje carrego um vínculo com a marca pois não passo um dia sequer sem pegar em uma ferramenta GEDORE”. As ferramentas fazem parte do meu dia a dia pois as utilizo para realizar as manutenções preventivas em minhas motos, São manutenções quase que diárias para se obter total segurança durante os treinos e competições. Isso gera melhor desempenho e qualidade, por isso preciso de ferramentas de alta performance!
– “As ferramentas que mais fazem minha cabeça são as de cabo emborrachado. Primeiro porque são lindas, impactam de primeira. Além é claro de serem super funcionais e proporcionarem uma melhor pega e firmeza nas mãos em contato com a ferramenta”.
Qual a importância da manutenção dos seus equipamentos no seu dia a dia?
O esporte em si já tem seus riscos. E quanto mais a gente minimizar estes riscos melhor, claro.
Uma forma de fazer isso é deixar a manutenção da moto sempre em dia conferindo todos os detalhes possíveis em casa. Muitas destas manutenções você mesmo consegue realizar. – “Vou deixar um checklist de manutenção preventiva que você mesmo pode fazer em casa:
- Esticar a corrente
- lubrificar os cabos de embreagem e acelerar
- Apertar os raios das rodas
- Limpeza de filtro
- Escovar a corrente com escova de aço
- Conferir todos os apertos de parafusos da moto
- Conferir óleo, água, calibragem da suspensão etc.
Realizo estas manutenções básicas quase que diariamente e antes dos treinos e competições também.
Um sonho.
Me sinto muito realizado tanto em minha vida como em minha carreira que hoje prefiro só agradecer a Deus.
Um orgulho.
Me sinto satisfeito em cima da moto. E na vida, já foram muitos sonhos realizados – turnês de shows por todo o Brasil, pela fábrica da Yamaha, temporada de treinos e shows na Califórnia, morei alguns meses na Turquia realizando shows em um dos maiores parques do pais, conheci grandes nomes do esporte como Travis Pastrana, Taka, Jimmy Fitzpatrick entre outros – “e realizei shows lado a lado desta gang. Estive no meio dos maiores nomes do Freestyle mundial”.
Fiz da minha vida esse esporte e realizei o sonho de ter uma pista próprio no quintal de casa, corri atrás consegui comprar o terreno e hoje sou proprietário de umas das maiores e mais completa pista de FMX. Deus me abençoou tanto que hoje moro no mesmo local onde também construí a minha oficina que era um grande sonho também.
Quais os planos para o futuro?
Focar ainda mais nos treinos para desenvolver e aprimorar as manobras que já domino e claro buscar com unhas e dentes algumas variações de Back flip!
Se possível passar uma temporada de treinos na Califórnia, – “já fazem dois anos que não vou pra lá, e estou com saudades hahaha”.
Tenho muita vontade de reativar algumas mídias também, como meu canal do YouTube trazendo um conteúdo diferenciado dentro da minha oficina, criando e reformando motos.
Quais os próximos desafios?
Fazer um bom trabalho no mundial de FMX que vai acontecer esse ano aqui no Brasil!
Leia também
-
Saiba como um Carro para Ferramentas pode ajudar a aumentar a vida útil dos itens da sua oficina automotiva
-
Torquímetro de Vareta: Entenda suas aplicações na área de reparação automotiva!
-
Confira os recentes lançamentos da GEDORE red para oficinas de reparação e manutenção automotiva
-
Caixa, mochila ou bolsa para ferramentas? Saiba qual a opção GEDORE mais adequada ao seu perfil
-
Seu carro foi atingido por enchente? Saiba o que fazer!