Conheça 4 maiores razões de o carro parar na estrada e como evitá-las

Os quatro principais problemas que levam carros a ficarem parados na estrada são: superaquecimento do motor, pane elétrica, pneu furado e pane seca (falta de combustível), segundo concessionárias que administram as principais rodovias do país. Tem alguma dúvida sobre cuidados com o carro? Mande no espaço para comentários. As questões selecionadas serão respondidas em futuras colunas. As administradoras dizem que as panes ocorrem mais em trechos de serra, com subidas contínuas de 10 a 20 km, que exigem muito do carro. Se o seu veículo já apresenta algum sinal de que algo não vai bem, não arrisque. Veja abaixo que “sintomas” podem ser percebidos pelo motorista, para evitar esses defeitos mais frequentes.

 

Superaquecimento do motor

O superaquecimento exige uma atenção especial, pois, além de interromper a viagem, pode resultar em gastos de até R$ 4 mil, para retificar um motor travado. Todo motor tem uma temperatura ideal de trabalho que, na maioria dos carros, está em torno dos 92 graus. Como o motor gera muito mais calor do que precisa, é necessário retirar este excesso e quem faz este trabalho é o sistema de arrefecimento. Instalado em todos os carros, ele utiliza a circulação de água com um aditivo para capturar o calor “extra” do motor e dissipá-lo através do radiador. O superaquecimento acontece quando a água não circula ou não consegue ser resfriada satisfatoriamente pelo radiador, causando um aquecimento excessivo do motor. A junta do cabeçote acaba queimando.

Sintomas e dicas: Para fazer um check-up no sistema é necessário conhecimento técnico, mas alguns aspectos podem ser percebidos pelo motorista. Veja abaixo:

1) O mais óbvio: se o ponteiro de temperatura do painel de instrumentos tem chegado próximo do “vermelho”, é um alerta de que o sistema precisa de reparos;

2) Completar o nível de água do motor com frequência é outro sinal de que algo não vai bem, pode haver um vazamento de água no sistema. Os grandes vazamentos podem ser identificados através de poças no chão da garagem. Porém, pequenos vazamentos podem ocorrer quando o motor está superaquecido e, neste caso, a água escapará na forma de vapor através da tampa do reservatório de abastecimento (tecnicamente chamada de tampa do reservatório de expansão). Poucas pessoas sabem, mas esta tampa, geralmente de cor amarela também acumula a função de uma válvula de alívio de pressão. Ela funciona exatamente como a válvula de uma panela: quando a pressão aumenta muito, é por ela que o vapor do sistema sai, sem deixar vestígio no chão.

3) Manchas de cor vermelha ou verde (coloração dos aditivos) sobre o reservatório de água no radiador ou nas extremidades das mangueiras também são sinais de vazamento.

4) Mangueiras d’água estufadas demonstram que a pressão interna do sistema está acima do normal, um forte indicador de que a água não está circulando. Quando ela não circula corretamente, há formação de vapor, que acaba provocando o inchaço das mangueiras. Vários fatores podem prejudicar a circulação de água pelo sistema; estatisticamente, a válvula termostática travada e/ou a bomba d’água danificada são os principais causadores do problema.

Completando a água: Se for completar o nível de água, procure fazê-lo sempre com o motor frio e use, de preferência, água destilada, pois água de torneira contém cloro, que acaba por corroer as diversas peças metálicas que compõem o sistema. É imprescindível a utilização do aditivo; para a reposição dele, consulte no manual do proprietário qual é a especificação técnica recomendada pela montadora, bem como a proporção correta. Aditivos não apropriados podem causar problemas no médio prazo. Vale lembrar que se usar, por exemplo, uma garrafa plástica de 2 litros e já tiver despejado quase toda a mistura, mas ainda não atingiu a metade do nível do reservatório, termine de colocar o líquido e leve o carro ao mecânico. Quando é o caso de colocar muita água, é preciso fazer a chamada sangria do sistema (processo de retirada de bolhas de ar), bem como os testes para se certificar de que o problema foi sanado.

 

Pane elétrica

A parte elétrica de um automóvel é muito complexa, é necessário ter conhecimento técnico e ferramentas especiais para, por exemplo, prever problemas com um alternador ou uma bomba de combustível.

Sintomas e dicas: Porém, fique atento a sinais como dificuldade para fazer o carro pegar, queda na intensidade das luzes de cortesia ao dar a partida e odômetro apagado. Um simples exame da bateria começa com a observação dos bornes (pólos positivo e negativo): veja se há vazamento de ácido, que deixa um pó esbranquiçado. Algumas baterias possuem um visor que indica a condição de carga. Se ele estiver na cor verde, significa que está em boas condições; um visor preto indica que está sem carga. Neste caso, é importante verificar se o alternador está funcionando corretamente antes de substituir a bateria. O teste do alternador precisa ser feito pelo mecânico, que vai se valer do auxílio de um multímetro. Na medição da voltagem entre os bornes da bateria, com o motor em funcionamento, a tensão deverá estar entre 13,5 e 14,4 V. Em casa, é possível conferir o estado da correia do alternador, que costuma ser responsável pela maioria dos problemas elétricos. Verifique se ela está desfiando ou com a borracha quebradiça. Mesmo com o carro parado e com o motor em marcha lenta, equipamentos elétricos e acessórios originais de fábrica, teoricamente, são suportados pelo alternador e bateria. Se você “tunou” seu carro com módulos de potência, luzes auxiliares e DVDs, por exemplo, sem redimensionar alternador e bateria, poderá ficar na mão, principalmente quando o veículo estiver parado em marcha lenta com todos os equipamentos ligados simultaneamente.

 

Pneu furado

Todo mundo sabe que a melhor maneira de evitar pneu furado é tê-lo em boas condições e calibrado. Não se esqueça do estepe: muita gente deixa inclusive de calibrá-lo. Faça a verificação no mínimo uma vez por mês e antes de cada viagem.

Sintomas e dicas: Pneus carecas, com desgastes irregulares ou bolhas são mais suscetíveis a perfurações e cortes. Não rode nas extremidades das pistas, próximo ao acostamento. Esse é o local onde a sujeira fica acumulada, “berço” de pregos e parafusos. Em estradas mal conservadas, o ideal é diminuir a velocidade para conseguir passar pelos buracos. Se você estiver em alta velocidade é melhor perder o pneu e amassar a roda, pois manobras bruscas poderão causar um acidente ainda pior. Vale um alerta importante: muitas pessoas morrem ao trocar um simples pneu na estrada, na maioria das vezes por estacionar o carro muito próximo da pista ou até mesmo por não posicionar o triângulo a uma distância adequada. O Conselho Nacional de Trânsito fala em no mínimo em 30 metros; minha indicação é posicionar o triângulo a 100 m de distância. Explico: a uma velocidade de 100km/h, um veículo percorrerá estes mesmos 100 m em pouco mais de três segundos, portanto, quanto maior a velocidade do trecho, maior deverá ser a distância. Se você é “marinheiro de primeira viagem”, sugiro que experimente trocar o pneu em sua garagem. Além de se entender com o macaco e a chave de roda, evitará surpresas com o equipamento na estrada.

 

Pane seca

Ficar na estrada sem combustível pode ser um descuido: muitas vezes esquecemos que estamos em período de férias e que os congestionamentos são mais frequentes do que imaginamos, principalmente nos fins de semana. Porém, a marcação incorreta no painel de instrumentos também pode levar à pane seca. Geralmente, o defeito está na boia medidora, que fica instalada dentro do tanque.

Sintomas e dicas : A dica é acompanhar o consumo de combustível: se achar que seu carro está muito econômico, desconfie: a boia pode estar travando. Pelo sim, pelo não, sugiro que, durante  uma viagem, a marcação de 1/4 seja seu sinal de alerta para o próximo posto.

Fonte: G1

 

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