É seguro usar material reciclável em uma construção civil?

Tanto o uso de materiais convencionais quanto os reciclados na construção civil, devem estar submetidos às normas técnicas brasileiras e ao controle de qualidade de órgãos como o Inmetro. Eles serão seguros na medida em que os profissionais envolvidos nos projetos – arquitetos e engenheiros – utilizem e dimensionem corretamente o seu uso, para que os mesmos não ofereçam riscos à estabilidade das estruturas e à saúde dos usuários.

Quais as vantagens?
A reciclagem de materiais de construção é provida principalmente do entulho de outras obras, então a grande vantagem se dá com o respeito ao meio ambiente, com reflexos sociais e urbanos, uma vez que geralmente o entulho das obras é depositado em locais clandestinos, como as margens de rios e aterros em fundos de vale, depreciando todo o entorno. Além disso, existe a vantagem financeira, quando o material reciclado passar a competir com preços convidativos frente aos materiais convencionais.

Quais os mais comuns?
Existem usinas de processamento de entulhos que separam e trituram restos de concreto, alvenaria, ferro, madeira, gesso e embalagens. Parte deste material é usado como agregado na fabricação de tijolos ditos ecológicos, aterro de ruas pouco movimentadas, pavimentação de estradas, e até na composição de concreto usinado para certos tipos controlados de aplicação, como enchimento de cavidades sem função estrutural em fundações. Pneus de automóveis e a escória granulada de fornos industriais também são fontes de reciclagem.

Existe muito preconceito com relação ao uso deste material?
Todo preconceito do consumidor final em relação ao uso de materiais reciclados pode ser contornado pela confiança que eles depositam nos responsáveis pelas obras. Portanto, arquitetos e engenheiros que se mantém atualizados em relação ao mercado, não terão dificuldades em absorver qualquer novidade. O que existe, de fato, são aqueles profissionais mais conservadores, que já se habituaram com certa técnica construtiva que é válida, mas não estão dispostos a experimentar alternativas. Por isso, ainda vemos casas serem feitas com tijolinhos comuns, por exemplo.

Fonte: Jean Tosetto

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