O grande problema na substituição do lubrificante é o terrível achômetro, pois é da natureza humana a busca por respostas rápidas e por conselhos de conhecidos que na maioria das vezes não possuem o conhecimento mínimo necessário.
A regra é simples e está a mão do proprietário, logo ali no porta-luvas.
A marca do lubrificante pode até mesmo ser alterada, mas a especificação não! A especificação é um padrão, e aplicar o lubrificante correto é fundamental para a durabilidade do motor e a melhor eficiência de consumo de combustível. A tecnologia do lubrificante é indicada por categorias como mineral, semi-sintética, sintética, hidrocraqueada entre outras especificações como SF, SJ, SL, SM. A viscosidade é indicada por números como 5w40, 10w40, 15w40, 20w50. Com essas três informações é possível aplicar o lubrificante correto, agora se o proprietário desejar aplicar a marca indicada pelo fabricante, tudo bem, mas lembre que isso não é o fundamental. A tecnologia empregada no óleo sintético por exemplo tem como grande diferença a maior durabilidade entre as trocas e alguns itens químicos que garantem uma melhor performance em comparação ao semi-sintético, enquanto o semi-sintético é superior ao mineral, mas isso não influência nas 3 especificações básicas e sim mais na maior ou menor durabilidade do lubrificante ou o período entre trocas. Utilizar um óleo mineral não recomendado em um carro de alta performance é algo bastante perigoso, já que a temperatura de trabalho do motor é elevada e o lubrificante mineral pode se deteriorar mais rápido que o sintético. Os motores antigos trabalhavam com uma temperatura média de 350 graus em seus cilindros, enquanto os motores modernos trabalham em torno de 750 graus o que é morte certa para um lubrificante ultrapassado ou errado.
Um fator muito importante que reforça as vantagens da aplicação do lubrificante correto é a economia de combustível. Um lubrificante mais viscoso ou acima do nível vai promover um maior consumo de combustível. É normal assistirmos comerciais que prometem uma economia de até 3% no consumo do combustível. Um erro comum é aplicar o óleo 20w50 de alta viscosidade em projetos que utilizam 5w30 menos viscoso. Mas atenção, pois o 5w30 não oferece prejuízos na lubrificação do motor, pois o motor que utiliza 5w30 é projeto para essa especificação de óleo. Nunca inverta a viscosidade, seja aplicando um mais ou menos viscoso, pois isso sempre vai oferecer algum prejuízo a médio ou longo prazo.
Pergunte a seu mecânico se o óleo que ele vai aplicar no motor de seu carro atende aos 3 requisitos: Api, viscosidade e tecnologia. Se notar a presença do achômetro, a dica é sacar o manual do veículo e aceitar apenas o lubricante recomendado e exigir a anotação em um adesivo que avise o período correto de troca para que você possa fixar no para-brisa para que não se perca na data ou na quilometragem da próxima troca. Atenção, pois o lubrificante possui um prazo por quilometragem definido pelo fabricante e o prazo de 1 ano após ser aplicado ao motor, lembrando que a troca deve ser feita assim que um deles vencer primeiro. Se possível troque o lubrificante sempre antes de seu vencimento e de preferência acompanhado de um novo filtro em todas as trocas.
Fonte: Doutor Carro
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