Tudo o que você queria saber sobre o curso de Engenharia Elétrica

INTRODUÇÃO:

  •      Panorama geral do curso: O Curso de Engenharia Elétrica é integralizado em, no mínimo, 10 semestres, com um total de 3630 horas, incluída a carga horária de estágio de 160 horas, estando de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, do Ministério da Educação.
  •      Cargos/carreiras elegíveis à formação do curso: O campo de atuação profissional do engenheiro eletricista é bem diversificado, compreendendo desde grandes empresas públicas e privadas ou atuação autônoma. O mercado de trabalho é caracterizado, além da diversidade, por variações relativamente rápidas, atreladas aos períodos de retração e expansão da economia e das políticas para o desenvolvimento da infraestrutura da Matriz Energética Brasileira.

CURSO:

  •       O que esperar do primeiro ano? O discente possui uma matriz curricular construída para atender as demandas de sua empregabilidade no futuro. No primeiro ano, por exemplo, além das disciplinas básicas para a formação geral do profissional, ele terá acesso a uma disciplina especifica, como Arquitetura e Organização de Computadores, que mostra ao aluno a hierarquia nos sistemas tecnológicos suportados por computadores e uma disciplina diferencial que é a disciplina Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional que se propõe a orientar o estudante a planejar a sua vida acadêmica, pessoal e profissional, a construir individualmente e com autonomia seu conhecimento, estimulando o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias ao sucesso na carreira acadêmica, profissional e na vida pessoal.
  •       Quando começam as disciplinas específicas?  Até o quarto período, as Engenharias possuem um núcleo básico de disciplinas comuns, como os Cálculos e as Físicas. As disciplinas especificas são oferecidas a partir do quinto período e fornecem a base do conhecimento para as disciplinas dos ciclos profissional e profissionalizante, destacando-se as disciplinas que abordam a sustentabilidade como um vetor basilar na questão energética e o cenário tecnológico e socioambiental da indústria da energia elétrica.
  •        Estágio obrigatório:  O aluno do curso de Engenharia Elétrica, tem que cumprir um total de 160 horas de estágio supervisionado obrigatório, sob supervisão direta da instituição de ensino, através de relatórios técnicos e acompanhamento individualizado, durante o período de realização da atividade, por docente engenheiro e com registro ativo no CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
  •       Trabalho de conclusão de curso: O aluno para conseguir o seu diploma, deve realizar um trabalho de conclusão de curso obrigatório pelo MEC. Para isso ele terá duas disciplinas especificas sobre o assunto, onde o discente poderá criar e gerenciar todo o processo de criação com um professor do curso, como orientador, que irá acompanhá-lo até o fim do processo. Ao final, o TCC será aprovado por uma banca prévia de, no mínimo, 3 docentes,  para que haja a integralização do curso.

PERFIL PROFISSIONAL:

  •      Competências e habilidades mínimas que o profissional deverá desenvolver: São aquelas constantes nas Diretrizes Nacionais Curriculares Nacionais, do MEC.

O Art. 4º das Diretrizes Curriculares Nacionais estabelece o seguinte:

“A formação do engenheiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:

I – aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;
II – projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III – conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV – planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
V – identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI – desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VI – supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
VII – avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
VIII – comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
IX – atuar em equipes multidisciplinares;
X – compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
XI – avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
XII – avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
XIII – assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.”

MERCADO DE TRABALHO:

•       Segundo a revista EXAME, a profissão de engenheiro é uma das dez mais em falta em 42 países.  Além disso, no Brasil, o mercado de trabalho para este profissional está em alta, pois, fatores importantes aquecem a área, como o crescimento da construção civil, os investimentos em infraestrutura, com destaque para o planejamento, a geração e transmissão de energia, a ampliação e a modernização dos serviços de telecomunicações e o processo de inovação tecnológica nas indústrias, como a automação industrial, a domótica e o aumento do número de sensores em utilização, tanto na indústria automobilística, como nas grandes construções, hidrelétricas, prédios inteligentes, tecnologia verde e outras novas formas de projetos sustentáveis. Um destaque muito importante, além de outras fontes energéticas limpas e renováveis, como a energia do movimento das marés oceânicas, a eólica, que é uma energia complementar à energia hídrica, vem apresentando forte crescimento no mundo, sendo uma das que não contribuem para o aumento do efeito estufa e, portanto, cumprindo importante papel no futuro da Matriz Energética Brasileira e Mundial.  A previsão, se mantidos os atuais níveis de investimento no setor, é de que o país tenha, em 2021, uma capacidade instalada de 16 GW, posicionando-se entre os 10 países com maior capacidade eólica instalada no mundo.

REMUNERAÇÃO DO ENGENHEIRO:
A média salarial foi obtida através do Salariômetro que utiliza dados do Ministério do Trabalho.
-Nos últimos seis meses, o salário médio de admissão para o perfil de engenheiro eletricista  foi de R$ 5.206,00.   (Fonte: CAGED/MTE).

ESTÁGIO E TRAINEE:
Sem dúvida, os estágios mais frequentes para os alunos estão nas empresas de planejamento energético, distribuição, geradoras e transmissoras. Existe também programas de trainee em empresas nacionais e multinacionais do ramo energético, como Abengoa, Furnas, Ampla, Light, Petrobrás, CHESF, dentre outras.

EXEMPLOS DO QUE O PROFISSIONAL PODE FAZER DEPOIS DE FORMADO:
 O egresso formado pelo curso de Engenharia Elétrica possuirá uma sólida formação generalista que possibilitará sua inserção no mercado de trabalho regional e nacional. Como exemplo, destaca-se a preparação do egresso para atuar em:

Empresas de automação industrial;
Concessionárias de energia elétrica, nos setores de: planejamento, geração, transmissão e distribuição de energia;
Agências Reguladoras (ONS, ANEEL, ANATEL e outras);
Projeto, fabricação, manutenção e operação de máquinas e equipamentos eletroeletrônicos;
Projeto, execução e fiscalização de instalações elétricas residenciais, comerciais, industriais e rurais;
Projetos de extensão, pesquisa e desenvolvimento;
Consultorias e pericias;
Programas de eficiência energética, geração distribuída, condicionamento de energia elétrica;
Ensino técnico-médio e superior;
Programas de pós-graduação.

CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO:

•       No momento atual, em qualquer profissão, é necessário um aperfeiçoamento constante do profissional, sob pena dele não acompanhar a tendência tecnológica e de mercado de sua profissão. O profissional deve sempre procurar cursos de pós, lato e strictu senso, de modo a entender cada vez mais a sua importância como um profissional. Sugere-se os seguintes cursos com as seguintes linhas de pesquisa:

  • Eficiência Energética.
  • Energias Renováveis.
  • Planejamento Energético.

Fonte: E3 Blog

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