Alexandre Silva, Gerente Industrial da Ferramentas GEDORE do Brasil participa do CONEXÃO GEDORE e comenta sobre o processo de retomada das atividades após o período da catástrofe climática que afetou o Rio Grande do Sul.
1. Uma breve apresentação
Me chamo Alexandre Silva, tenho 49 anos e sou natural de Jundiaí/SP. Sou casado, tenho 2 filhos (10 e 3 anos). Quase 30 anos dedicados a indústria metalúrgica, iniciei minha carreira como estagiário na área de Engenharia de Produto e, posteriormente, Processos, Ferramentaria, Qualidade, Manutenção e então Produção.
Estou na GEDORE há quase 13 anos e atuo na gestão das áreas técnicas de apoio: Engenharia, Manutenção, Ferramentaria e Qualidade.
2. Como está estruturada a área de Engenharia da GEDORE? Quais os principais desafios do setor?
A Engenharia está estruturada em três áreas: Produto, Processos e Projetos.
O principal desafio é o atendimento das demandas de forma priorizada, com foco no diálogo e perfeita harmonia entre as áreas. A Engenharia é o meio de ligação da operação e trabalha nas necessidades trazidas pela área de Marketing, Comercial e Qualidade.
3. Recentemente, o estado do Rio Grande do Sul passou por uma catástrofe climática de grandes proporções, impactando muitas pessoas e empresas. A GEDORE prontamente estruturou uma rede de apoio local e global para acolher todos os colaboradores afetados. Localizada em uma região impactada, nossa fábrica também precisou passar por um processo de retomada a normalidade. Você esteve à frente desta organização, então, nos conte um pouco sobre como foi esse processo de reestruturação?
Com certeza foi o maior desafio de toda a minha carreira. O trabalho começou antes da água chegar até a GEDORE. No dia anterior, iniciamos um processo de preparação na área fabril, TI, energia, entre outras.
Quando a água começou a baixar e foi possível realizar a primeira incursão na empresa, traçamos uma estratégia multissetorial, dessa forma as áreas de Manutenção, Produção, PCP, Engenharia e Suprimentos trabalharam em esquema de guerra com ações divididas, mas sincronizadas.
Um ponto de grande impacto é que parte das pessoas que seriam fundamentais à retomada também foram atingidas na sua vida pessoal. A GEDORE tem uma base muito forte de colaboradores que residem no entorno da empresa e nessa hora pudemos ver que a determinação supera a dificuldade. Encontramos em pessoas que não foram atingidas a força para lutar por elas e por aqueles que estavam em uma situação delicada.
Com certeza, por essa razão, saímos da enchente mais rápido que o plano original e, o melhor, saímos melhores e mais fortes do que antes.
4. E como está a GEDORE hoje? Como foi possível seguir atendendo as necessidades do mercado, mantendo a excelência centenária da marca mesmo após esse difícil período?
Hoje podemos dizer que estamos progredindo com as principais linhas de produção. Seguimos atendendo o mercado com os produtos que estavam em nosso Centro de Distribuição, localizado em uma área que não foi afetada. Um ponto importante é que toda a empresa trabalhou como um único corpo, priorizando o cliente.
Isso só foi possível pois contamos com uma equipe de muita experiência e conhecimento do negócio. Devo ressaltar também a colaboração dos nossos parceiros e clientes. Sem eles nossa retomada seria bem mais difícil.
Se eu pudesse definir em uma palavra o motivo do sucesso de retorno, usaria uma só: GARRA.
5. Há mais de 60 anos a GEDORE escolheu a cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, para construir sua fábrica aqui no Brasil. Qual a mensagem relacionada as expectativas para o futuro você deixa para os colaboradores GEDORE aqui da região?
Com certeza a principal expectativa é para o crescimento sustentável e evolução contínua nos nossos processos, mas diria que isso é muito mais do que expectativa, isso já é de certa forma realidade. Deixo aqui esse ponto de motivação.
Agradecemos ao Alexandre Silva pela participação e fique ligado nos próximos entrevistados do CONEXÃO GEDORE!
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